Assembleia Estadual

Dia 28/06/2011 em BH.

Piso Nacional Já!!!

Estamos em Greve pela implementação do Piso Nacional da Educação de R$ 1.597,00 por 24 horas semanais.

Sobre a Greve - Beatriz Cerqueira

Clique no vídeo para assistir

domingo, 26 de junho de 2011

Dia "D" - Reunião com o Governo em 22/06/2011

Relato da reunião com o Governo

O Sind-UTE procurou a Assembleia Legislativa informando o início da greve e solicitando reunião com os blocos em que os deputados se organizaram. O bloco Minas sem Censura já reuniu com o Sindicato. Mas os demais blocos não haviam se pronunciado.
Ontem, o Deputado Estadual Luiz Humberto, líder do Governo na Assembleia se dispôs em agendar uma reunião com o Governo, o que foi marcada para esta quarta-feira, dia 22/06, 10:30.
Pelo Governo do Estado participaram: Ana Lúcia Gazzola (Secretária de Estado da Educação)Maria Ceres (Secretária Adjunta da Educação) e dois assessores da Secretaria. Pelo Sind-UTE participaram Beatriz Cerqueira, Lecioni Pinto e Marilda Abreu.

A primeira questão informada pela Secretária é de que esta reunião não era de negociação. De acordo com a Secretária, o governo não negociará durante a greve. Ainda de acordo com ela, a negociação será retomada com o fim da greve.

Mesmo diante desta posição, iniciamos a discussão lendo o Termo de Acordo assinado em 2010 em que o compromisso assumido pelo Governo era de

realização de estudo para viabilizar a modificação dos vencimentos básicos e alteração do padrão remuneratório da carreira da educação de todos os servidores públicos da educação de Minas Gerais de modo a buscar o Piso Salarial Profissional Nacional.”
Resgatamos o comportamento do Governo do Estado que optou por não discutir os problemas que o subsídio trazia à categoria e que, por 2 meses após a votação da constitucionalidade do Piso Salarial, não quis discutir a adequação das tabelas de vencimento básico para cumprir a legislação federal. A categoria aprovou o indicativo de greve no dia 29 de março e mesmo assim o Governo optou por não discutir a questão salarial. Foi informado do início da greve no dia 1o. de junho e novamente optou por não discutir o Piso Salarial.
Outro problema diz respeito a jornada do professor. Apontamos que o Governo precisa também responder esta demanda, uma vez que a atual organização da jornada do professor não preserva o mínimo de 1/3 para atividades fora da regência, prevista na Lei 11.738/08. Para o Governo do Estado, a lei "não é vinculante" e portanto não teria que cumprí-la. Argumentamos que nenhuma lei precisa ser vinculante para ser cumprida e o Estado precisa se manifestar claramente a respeito desta organização de jornada para o professor.
Também apresentamos à Secretaria um ofício que o sindicato protocolou em seu gabinete no início deste ano solicitando a discussão dos problemas que a Secretaria de Educação não quis discutir em 2010 a respeito da reposição. Não aceitamos a afirmação de que faltaram mais de um milhão de horas para reposição. A categoria fez a reposição da greve trabalhando sábados, feriados, recessos, os meses de julho e dezembro. O problema é que o sistema que fez este levantamento de horas é o mesmo que está processando a opção das pessoas pelo retorno à remuneração de dezembro e ainda não conseguiu, é o mesmo que processa as aposentadorias da categoria que chega a esperar 10 anos para aposentar. Não aceitamos a afirmação da Secretaria sobre a reposição de 2010.

Questionamos a questão do concurso público, que o Governo havia assumido o compromisso de apresentar a minuta no dia 30/05, o que não aconteceu, além de realizar negociação do edital com entidade que não foi partícipe da conquista da sua realização, que há questões que precisam ser discutidas como a organização da jornada, a forma de remuneração, a organização das vagas, etc. De acordo com a Secretaria, ela não fez negociação de edital com nenhuma entidade, apenas informou a data, dentro do cronograma de Secretaria, de lançamento do edital que será no dia 12/07. Como ela não estava autorizada a realizar negociação, este ponto não discutido, mas informou que o governo investirá no subsídio como o futura da remuneração e, por isso, o novo concursado entra automaticamente nesta forma de remuneração sem direito de opção.
Questionamos a posição do governo de afirmar que realizará o corte do ponto, o que comprometerá a reposição. O Governo no momento de realizar o desconto, desconta um valor, mas no momento de realizar o pagamento pela reposição, o valor pago é sempre menor do que aquele que foi descontado, que esta prática era da equipe anterior da Secretaria. Ao realizar o corte, não há motivo para que a categoria realize a reposição e coloca a negociação num patamar conflituoso. Este ponto também não avançou, não era uma reunião de negociação.
Questionamos também a forma que o governo trata a questão do efetivado pela Lei Complementar 100 como "questão de governo", sempre atrelado a uma fragilidade na legislação, que a questão mais gritante que era a situação da escolaridade não estava resolvida, que hoje há uma instabilidade na escola, que as medidas anunciadas pela Secretaria não resolveram os problemas, que o quadro da escola ficou confuso e sem critério. Este ponto também não avançou, não era uma reunião de negociação.
Em síntese, esta a primeira leitura que faço da reunião realizada hoje. Há um impasse que explicitamos à Secretaria. Novamente, o governo afirma que somente negociará quando a greve acabar. No entanto, aguardamos 6 meses de negociação e o governo não apresentou nenhuma proposta salarial. Que a greve está em todo o Estado e é necessária uma proposta de adequação das tabelas de vencimento básico para o pagamento do Piso Salarial. Sem negociação, a greve não será suspensa.
Observação: Peço desculpas a todos que acompanham o Blog por postar tão tarde o relato desta reunião. Hoje foi um dia muito cheio: participei do início da assembleia do Sind-Saúde, reunião com o Presidente da Comissão de Educação, manifestação do Dia D em BH além de várias demandas da imprensa e demandas internas do sindicato.
Fonte: Blog da Beatriz Cerqueira

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Cartaz da Assembleia do Dia 28/06/2011

Chamada da Assembleia do dia 28/06/2011

 


Baixar chamada da Assembleia


Notificação ao Ministério público para cumprimento do PSPN
Assembleia na praça 16-06-2011

Alunos apoiando a Greve, E.E. do Parque São Jorge

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Agenda do dia 22/06/2011 em todo o Estado

Dia D em defesa do Piso Salarial em todo o Estado

IMPORTANTE
Haverá reunião com a Secretária de Estado da Educação nesta quarta-feira, dia 22/06, 10:30.
Informaremos o resultado ainda nesta quarta.
22/06 - Atividades regionais 
Em Belo Horizonte
9 h, Concentração E.E. Santos Dumond (rua Alcides Lins, 502, Venda Nova) para uma manifestação com conjunto com Ribeirão das Neves
14 h, Concentração Praça da E.E. Barão de Macaúbas (bairro Floresta)
Em Betim
14 h, Praça Tiradentes
Em Coronel Fabriciano
14 h, Concentração na Catedral de São Sebastião
Em Montes Claros
9:30, na Praça da Catedral
Em Unaí
16:30, Av. Governador Valadares com Rua Celina Lisboa em frente a E.E Domingos Pinto Brochado
Em Muriaé
14 h, na Superintendência Regional de Ensino
Em Uberlândia
9 h, Praça Tubal Vilela
Em Nanuque
17 h, no Calçadão (centro da cidade)
Em Varginha
10 h, na Praça Central
Em Divinópolis
8 h, na Superintência Regional de Ensino
Redes Municipais em Greve
Ribeirão das Neves
Aula Pública, dia 22/06, 9h., Praça Central
Assembleia dia 27/06, 9 h., Câmara Municipal de Ribeirão das Neves
Ipatinga
Ato Público, 15 h, Porta da Prefeitura
Assembleia, 16 h, na Escola Manoel Izídio
Observação: A agenda regional é disponibilizada conforme informações das subsedes.
Fonte; Blog da Beatriz Cerqueira

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Em defesa da educação pública

Mais uma vez assistimos a uma greve na educação pública de Minas Gerais. Essa situação remete-nos a algumas reflexões que precedem as constantes paralisações e reivindicações dos trabalhadores da educação pública de Minas e, porque não, do Brasil. Em primeiro lugar, é preciso pensar no nosso passado oligarca, expressão de todo conservadorismo e preconceito de nossas elites que não admitia e, ainda hoje, não admite a ascensão intelectual, cultural e social da maioria da população. Num segundo momento, é necessário compreendermos o legalismo injusto que se instalou em nosso país, somos induzidos a cumprir criteriosamente as leis e medidas provisórias, ou qualquer outro recurso jurídico que é promulgado, sem ao menos questionarmos a constitucionalidade e/ou a relevância para produzir uma sociedade mais justa, isso coloca-nos em uma situação de democracia formal, mas não de fato ou substância. Por fim, é importante ressaltar a naturalização da miséria e a precarização do trabalho em todas as áreas, a que assistimos de camarote e totalmente apáticos.
Como afirma Armando Boito Júnior, no Brasil, desde o “Estado Novo” de Vargas, criou-se grande abismo entre trabalhador formal e informal, para uns, tudo, e, para outros, a lei, ou seja, a marginalidade e o não assistimento do Estado. Com essa atitude, o Estado brasileiro cria uma revolta legítima, mas invertida, de parte da população, contra as políticas públicas, na concepção de que todas elas são discriminatórias. Essas idéias tornam-se relevantes, na medida em que presenciamos mais uma greve dos trabalhadores da educação do estado de Minas Gerais, já que o governo Anastasia  vale-se  muito bem dessa concepção de que uma educação de qualidade deve ser deixada a cargo da iniciativa privada, para implementar uma educação pública de péssima qualidade e com total desvalorização dos profissionais (salas superlotadas, faltas de funcionários, salários rebaixados, sem plano de carreira, fragmentação da categoria sem a realização de concurso público...). A mensagem implícita é que a educação democrática, capaz de libertar das amarras econômicas e intelectuais não devem estar disponíveis a todos, refletindo o conservadorismo e o preconceito que nossas elites têm com relação a população mais pobre.
Em janeiro de 2008, começa a vigorar a “Lei do Piso”, ou seja, o piso salarial profissional nacional que servirá de parâmetro remuneratório a todos os trabalhadores da educação brasileira, não podendo esses profissionais receberem salário inferior a este, no entanto, o governo de Minas (na época, Aécio Neves),  juntamente com o governo de São Paulo e do Rio Grande do Sul, entraram na justiça para evitar seu cumprimento. Pois bem, uma vez promulgada a lei, o governo insiste em não cumpri-la e, o que é pior, vale-se de manobras jurídicas e propagandistas para jogar a sociedade civil contra os trabalhadores da educação. São várias as artimanhas para destruir a educação pública de Minas, dentre elas, podemos citar o absurdo de reduzir de 11 para 9 as disciplinas no 3º ano do Ensino Médio, descumprindo a Constituição Federal e as LDB, que garante, ao menos em tese, que todos os alunos deverão ter as mesmas oportunidades de ingresso no ensino superior. Mais recentemente, podemos referir-nos ao não pagamento do piso salarial profissional nacional que ilustra, de forma muito sucinta, o desrespeito, desvalorização e inconstitucionalidade do governo de Minas Gerais, o qual recorre, constantemente, ao Tribunal de Justiça do Estado, para julgar a greve ilegal e outros mecanismo legais para coagir os trabalhadores do setor público.
Durante anos e anos,  foi-nos dito que o Brasil é o país do “jeitinho”, “do manda quem pode”, “do você sabe com quem está falando?”, essa forma de agir e pensar, reproduzida cotidianamente, fez-nos perder a capacidade de indignação e acharmos natural a miséria e a injustiça, é por isso que o investimento em políticas públicas sociais nos soam como um favor e não como uma obrigação dos estados e municípios. É, parece que a frase de Monteiro Iobato : “um país se faz com  homens e livros”, não vale para as nossas elites mineiras e, muito menos, para o principal representante dela, governo Anastasia.
AGNALDO DAMASCENO PEREIRA
COMISSÃO DE IMPRENSA DA GREVE DOS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO 2011.

A Greve continua...


Em assembleia estadual ocorrida na tarde desta quinta-feira (16/06), no Pátio da ALMG, em Belo Horizonte, sob coordenação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), cerca de 5 mil trabalhadores/as em educação aprovaram a continuidade da greve por tempo indeterminado, depois seguiram em passeata até o centro da capital (Praça Sete).

A categoria também aprovou um calendário de atividades para fortalecer o movimento que prevê, entre outras atividades:

17 a 20 de junho – mobilizações em todas as regiões do estado.

21/06 – participação em audiência pública, na cidade de Juiz de Fora, para discutir a violências nas escolas, evento organizado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

22/06 – Diversos atos regionais pelo Estado. Será uma espécie de Dia D, para ampliar o movimento com novas adesões.

22/06 - Concentração na Praça Tubal Vilela   as 10h00

28/06 – Assembleia Estadual – em Belo Horizonte, no Pátio da ALMG.

Reivindicação - Os/as trabalhadores/as em educação cobram do Governo do Estado o cumprimento da lei federal 11.738/08, que regulamenta o Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), que hoje é de R$ 1597,87, para 24 horas semanais, nível médio escolaridade. O Governo de Minas Gerais paga atualmente o piso de R$ 369,00.  Segundo a coordenadora-geral do Sind-UTE/MG, Beatriz Cerqueira, a sociedade precisa saber que o Governo não cumpre a lei federal do Piso, por isso deixa de investir na Educação, que é um serviço essencial para o desenvolvimento humano.

A greve - Os trabalhadores em Educação estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 8/6. A ação acontece em resposta ao Governo que, além de não pagar um salário justo, proporciona condições ruins de trabalho. “O Estado investiu apenas 14% em Educação no primeiro trimestre e em 2010 os recursos disponibilizados ao setor foram de 20%, dos 25% que o Governo é obrigado a investir. Infelizmente é com essa precariedade de insumos que convivemos em Minas Gerais”, afirma Beatriz Cerqueira.

Nova assembleia - O Sind-UTE/MG convoca os trabalhadores a participar da próxima Assembléia Estadual dia 28/6, a partir das 14h, no pátio da Assembléia Legislativa.

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